As healthtechs, startups da área da saúde, vêm desenvolvendo tecnologias disruptivas que otimizam o sistema de saúde e tudo a ele relacionado. Dessa maneira, promovem melhorias que trazem ganhos de eficiência de gestão, permitem diagnósticos mais precisos e precoces e democratizam o acesso à saúde.
Os benefícios que a ciência e a tecnologia trazem para a área da saúde são nossos velhos conhecidos. Do começo do século 20 até os dias de hoje, a expectativa de vida no Brasil aumentou nada menos do que 37 anos. Boa parte disso se explica pela redução da mortalidade por doenças que os avanços da ciência e da tecnologia proporcionaram. A penicilina, por exemplo, descoberta há pouco menos de 100 anos, foi a principal responsável pela queda na mortalidade por doenças infecciosas.
Quando falamos de healthtechs, no entanto, é importante lembrar que elas seguem o modelo das startups, que apresentam características distintas do restante do mercado: seus produtos e serviços devem ter escalabilidade, facilidade para replicar a ideia e ter um diferencial inovador mesmo em um cenário de incertezas.
A plataforma de inovação Distrito tem mapeadas 782 healthtechs em 14 categorias. A maior fatia do setor (31,2%) é composta por healthtechs de gestão e PEP (Prontuário Eletrônico do Paciente). Em seguida, vem aquelas dedicadas ao acesso à saúde (15%) e as de telemedicina (12,28%), que ganharam força durante a pandemia de Covid-19.
Nesse cenário, algumas tecnologias despontam como tendência para o setor. Confira 4 delas!
- TELEMEDICINA
É impossível falar de tendência tecnológica na área da saúde sem dar destaque para a telemedicina. Se é verdade que a pandemia de Covid-19 acelerou essa transformação, também é fato que ela já vinha em curso antes mesmo da necessidade de isolamento social que vivemos em 2020 e 2021.
A praticidade de poder fazer consultas e receber receitas online gera economia de tempo e de recursos tanto para os profissionais de saúde quanto para a população, além de democratizar o acesso à saúde, permitindo que pessoas que moram longe dos grandes centros urbanos tenham atendimento médico quando precisam.
A sociedade parece ter assimilado bem a novidade. Pesquisa recente do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp) revela que sete entre dez pacientes estão satisfeitos com a telemedicina.
- INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E USO DE DADOS (BIG DATA)
O uso de soluções baseadas em dados, algoritmos e bancos de dados gigantescos traz ganhos de eficiência para rede de saúde e torna o trabalho mais automatizado e dinâmico. Assim, os médicos têm mais informações para traçar diagnósticos e prescrever os tratamentos mais adequados.
A Viziomed é uma das healthtechs que seguem esse caminho. A startup brasileira usa inteligência artificial para descoberta precoce de câncer e outras doenças graves. De acordo com reportagem do portal Exame, a Viziomed conectando clínicas e hospitais de todo o Brasil, coleta exames de imagem como raio-x, mamografia e tomografia e envia alertas para as empresas parceiras, permitindo que seus funcionários possam tratar a doença em estágio inicial. Além de viabilizar o tratamento, isso também reduz os custos, uma vez que o tratamento de doenças nos estágios iniciais é mais barato do que quando estão avançadas.
Após a realização do exame, a plataforma faz uma triagem e coloca em ordem de urgência aqueles em que há apontamento de irregularidades. Quando um caso de urgência é identificado, a plataforma envia um alerta ao médico da corporação ligado à saúde preventiva, para dar seguimento ao tratamento do paciente com agilidade.
- SAÚDE DA MULHER
Também chamadas de “femtechs”, são startups focadas especificamente em fornecer produtos de saúde e serviços para mulheres. De acordo com estudo do Distrito, havia, no primeiro trimestre de 2021, 23 startups focadas na saúde e bem-estar da mulher no Brasil, com soluções como acompanhamento do ciclo menstrual e fertilidade, menopausa, gravidez e amamentação. Entre as categorias mais representativas, estão fitness e bem-estar, acesso à saúde e engajamento do paciente.
Outro estudo, o Femtech Landscape Report 2021, aponta que o mercado mundial de saúde da mulher deve atingir US$ 1,186 trilhão em 2027. O relatório indica que existem 97 condições de saúde que afetam mais ou exclusivamente o sexo feminino — e que, portanto, podem ser exploradas pelas femtechs e por seus investidores. Os maiores mercados dentro são condições crônicas (US$ 218 bilhões em 2027), saúde reprodutiva (US$ 171 bilhões) e saúde das mamas (US$ 99 bilhões).
Para o Brasil, a consultoria Frost & Sullivan avaliou que o mercado para as femtechs no país poderia chegar a US$ 5,8 bilhões (R$ 32 bilhões) em 2021. O potencial de crescimento desse segmento é grande. As mulheres são 52,2% da população, mas são responsáveis por 90% das decisões sobre cuidados primários de saúde para a família e por 80% dos gastos familiares com saúde. Elas também são 75% mais propensas do que os homens a usar ferramentas digitais para cuidados de saúde.
- MEDICINA REGENERATIVA
Quando o assunto é a aliança de tecnologia e saúde, o céu é o limite. Essas healthtechs desenvolvem e comercializam pesquisas com genes, células e engenharia biológica. O segmento tem recebido aportes milionários, como o investimento de US$ 493 milhões na Lyell Immunopharma que desenvolve imunoterapias para câncer com base em células.
O Brasil também tem representantes nesse segmento. A In Situ Terapia usa uma técnica de bioimpressão 3D para produzir biocurativos com células-tronco para o tratamento de feridas crônicas e queimaduras graves, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida de pacientes refratários às terapias convencionais.
Para produzir os curativos, que ainda estão em fase experimental, a empresa utiliza a tecnologia de uma bioimpressora 3D fabricada por outra startup brasileira. Diferentemente de um medicamento, a célula — presente no biocurativo — percebe o ambiente da lesão e age de acordo com o que o corpo estiver precisando, conferindo ao produto uma capacidade terapêutica muito maior do que a das opções disponíveis hoje no mercado. Com sua utilização, a tendência é que as feridas cicatrizem de forma mais eficiente, diminuindo complicações e reduzindo custos tanto para o paciente quanto para o sistema de saúde como um todo.
Assim, vimos que as healthtechs abrem muitos novos caminhos para o setor de saúde. Os ganhos em termos de inovação, de eficiência de gestão e de democratização do acesso já aparecem e devem se multiplicar nos próximos anos.
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Referências:
https://www.saudebusiness.com/mercado/healthtech-aponta-4-tendencias-de-inovacao-em-saude-para-2022
https://www.gazetasp.com.br/brasil/telemedicina-ela-veio-para-ficar/1100999/